Qual terapia? Terapia de família, casal ou individual?

By on 16 maio, 2013 in Sem categoria | 0 comments

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A própria idéia de iniciar um processo terapêutico já é, por si, um ato coragem e indica uma outra postura frente aos problemas inerentes à vida.

Gosto de pensar na terapia como indução de crises. Um casamento, por exemplo, pode estar morto ou pode ser cronicamente insatisfatório para ambos os cônjuges, a menos que algo assustador e importante, como uma crise, ocorra. Nessas circunstâncias as pessoas tornam-se aptas a fazer mudanças. Por isso gosto de pensar na terapia como uma indução de novas crises antes que num meio de controlar o comportamento e evitar crises. Mauricio Andolfi

A idéia de Andolfi de terapia como indução de crises é bem interessante, pois na origem da palavra “crise” ha referência a um momento decisivo. Desta forma, a terapia pode ser pensada como um meio para se atingir novos patamares de compreensão e estes trazem, invariavelmente, modificações nos hábitos e costumes.

É difícil saber qual terapia escolher e a maioria das pessoas nem conhecem as possibilidades existentes. Portanto, sem entrar no mérito específico das linhas teóricas, apresento uma posição diretamente relacionada ao enfoque familiar.

Partindo da idéia que a mudança de uma pessoa vai afetar todos os entes próximos a ela, a decisão de se fazer uma terapia familiar, individual ou de casal tenderá a implementar mudanças em todo o grupo.

 E, se considerarmos que alguns padrões de conduta são mantidos e reforçados pelo grupo e se este está empenhado na modificação, então, haverá uma maior possibilidade de que as pequenas mudanças de cada elemento sejam agregadas, obtendo-se uma resultante mais expressiva que as tentativas isoladas de mudança. O que não significa dizer melhores ou mais rápidas, pois cada pessoa ou grupo possui características muito particulares de funcionamento. 

Uma questão de difícil resolução é quanto a decisão de se fazer terapia familiar ou terapia de casal.

Há divergências entre os teóricos no seguinte sentido, com filhos pequenos há uma tendência de se considerar os problemas como decorrências da dinâmica estabelecida pelo casal e, portanto, alguns terapeutas preferem atender diretamente o casal.

E, há os que iniciam com a terapia familiar para depois definir se é um caso familiar, conjugal ou mesmo individual. Mesmo os casos que parecem tender para uma determinada posição (individual, casal ou família) não podem ser subestimados e demandam uma análise da dinâmica familiar no sentido de avaliar qual é o problema, como abordá-lo no processo terapêutico e a disponibilidade dos envolvidos.

Certamente a terapia individual, familiar ou casal em certos casos não substitui outros tratamentos como: a medicação devidamente acompanhada por psiquiatras e a terapia ocupacional. Geralmente tratamentos associados produzem ótimos resultados e em contra partida demandam do paciente (indivíduo, família, casal) uma maior dedicação e empenho.

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