Crise Existencial

By on 18 out, 2010 in Sem categoria | 0 comments

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No meio do caminho tem uma crise. Ela costuma bater entre os 40 e 50 anos, quando a mulher de repente se dá conta de que metade da vida já passou. É nesse momento, junto com as alterações hormonais e a percepção dos primeiros sinais de envelhecimento, que ela parte para rever e avaliar as suas realizações.

E não há balanço existencial sem certa dose de angústia. O primeiro sintoma dessa transição parece um tanto impreciso. A mulher começa a sentir que alguma coisa se perdeu, mas não sabe muito bem onde nem como. Há mesmo uma crise no meio do caminho em maior ou menor grau. E, de acordo com os psicólogos e estudiosos do comportamento humano, todas as mulheres dessa faixa irão vivenciá-la.

É normal e humano entrar em crise. A sabedoria está em sair dela fortalecida.

Amadurecer é rever tudo ou quase tudo. Pegar o amontoado de roupas guardadas no armário, separar o que quer, adquirir novas peças e, aos poucos, ir se livrando das inutilidades acumuladas. A bagagem pode muito bem conter só o que interessa, o que realmente dá prazer.

O empenho não está mais em “construir”, mas em “reconstruir” e na sucessão de atitudes vinculadas à ideia da “reconstrução”: revisão de valores, retomada de antigos projetos, reformulação de hábitos, reinvenção de comportamentos.

O alfabeto do amadurecimento bem que poderia começar pela letra “erre”. Rever tudo: quem acorda tarde pode começar a curtir mais a manhã; quem é sedentária, movimentar o enferrujado esqueleto; quem estiver insatisfeito com o relacionamento, usar de todos os meios disponíveis para melhorá-lo e, se ainda sim não for possível, dar adeus. Batalhar novas oportunidades com ações, e não só com o batalhão de neurônios. Ou “reciclar” (de novo, o “erre” no comando) antigas experiências.

Mas todo o trabalho de reformulação exige um mínimo de capacidade organizacional. As prioridades precisam ser bem organizadas -tarefa não muito fácil se a pessoa estiver com o emocional abalado.

A terapia acaba dando o empurrão que faltava para ela se mexer.

O objetivo é acordá-la para o tempo presente e, sem desprezar a importância do passado e do futuro, mandá-los “passear” um pouco para que ela ponha em prática as suas aspirações.

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